quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Pálido Ponto Azul

Já repetido algumas vezes neste espaço, na minha opinião, Carl Sagan se encaixa com um dos maiores cientistas do século XX.

E o texto "Pale Blue Dot", ou melhor, Pálido Ponto Azul é um texto que não me canso de ler, e acho que vale a pena colocá-lo neste espaço, lembrando que é uma tradução pessoal do texto de Carl Sagan. Além do texto, um trecho do epílogo do livro "Bilhões e Bilhões" também escrito por Carl Sagan e publicado após a sua morte por sua esposa Ann Druyan. Um pequeno texto que nos faz refletir bastante a respeito de vida e morte.

Pálido Ponto Azul
(Carl Sagan)

Desse ponto de vista distante, a Terra não pode parecer de qualquer interesse particular. Mas para nós, é diferente. Olhe novamente para o ponto. É aqui. É a nossa casa. Somos nós. Nele, todos que você ama, todos que você conhece, de quem já ouviu falar, todo ser humano que existiu, viveu a sua vida aqui.

O agregado da nossa alegria e sofrimento, milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas, todos os caçadores e saqueadores, heróis e covardes, criadores e destruidores de civilizações, reis e plebeus, cada jovem casal apaixonado, cada mãe e pai, criança esperançosa, inventor e explorador, cada professor de moral, cada político corrupto, cada "superstar", cada "líder supremo", cada santo e pecador na história da nossa espécie, viveu ali - num grão de poeira suspenso num raio de sol.

 A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica. Pense nos rios de sangue derramados por todos os generais e imperadores para que, na glória do triunfo, pudessem ser os senhores momentâneos de uma fração de um ponto. Pense nas crueldades infinitas cometidas pelos habitantes de um canto desse ponto contra os habitantes mal distinguíveis de algum outro canto, em seus frequentes desentendimentos, como famintos são em matar uns aos outros, em suas manifestações de ódio.

Nossas atitudes, nossa pretensa importância, a ilusão de que temos uma posição privilegiada no universo, são desafiadas por este ponto de luz pálida. Nosso planeta é um pontinho solitário na grande escuridão cósmica circundante. Em nossa obscuridade, em toda essa imensidão, não há nenhum indício que a ajuda virá de outro lugar para nos salvar de nós mesmos.

A Terra é o único mundo conhecido até agora para abrigar vida. Não há outro lugar, pelo menos em um futuro próximo, para onde nossa espécie possa migrar. Visitar, sim. Migrar, ainda não. Goste ou não, para o momento em que a Terra é o lugar onde nós fazemos o nosso show.

Dizem que a astronomia é uma experiência que ajuda a formar nossa personalidade. Talvez não exista melhor comprovação da loucura das vaidades humanas do que esta distante imagem de nosso mundo minúsculo. Para mim, ela sublinha a responsabilidade de nos relacionarmos mais bondosamente uns com os outros e de preservarmos e amarmos o pálido ponto azul, o único lar que conhecemos.

E o vídeo:


Além do vídeo, o epílogo do livro Bilhões e Bilhões, uma reflexão sobre vida após a morte, que é no mínimo, interessante.

Com suas revelações sobre um pequenino mundo embelezado pela música e pelo amor, a nave Voyager já saiu do sistema solar e se dirige ao mar aberto do espaço interestelar. A uma velocidade de 70 mil quilômetros por hora, projeta-se em direção às estrelas e a um destino com o qual só podemos sonhar. Estou cercada por pacotes do correio, cartas de pessoas de todo o planeta que lamentam a perda de Carl. Muitos lhe dão o crédito por tê-los despertado. Alguns dizem que o exemplo de Carl os inspirou a trabalhar pela ciência e pela razão contra as forças da superstição e do fundamentalismo. Esses pensamentos me consolam e me resgatam de minha dor. Permitem que eu sinta, sem recorrer ao sobrenatural, que Carl vive.”
Ann Druyan, mulher de Carl Sagan, no “Epílogo” do livro.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A Lua e a "Estrela D'Alva

Fazia um bom tempo que queria uma foto dessas.
Consegui a foto no dia 26 de dezembro deste ano, uma noite fria e clara.

Lua crescente, e também o planeta Vênus, logo após o anoitecer.

Vou tentar outras vezes. Gostei do resultado inicial.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Corrente do Bem

Funciona.

Em alguns países melhor de que em outros. Melhor, em alguns lugares melhores que em outros.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Comprou uma Câmera Fotográfica? Já é Fotógrafo

Funciona mais ou menos assim. Hoje é relativamente fácil comprar uma máquina fotográfica profissional, com a digitalização, tirar fotos ficou mais fácil, e trouxe ao nosso alcance equipamentos que só víamos em jogos de futebol, ou ainda no casamento daquele primo rico.

A digitalização da fotografia mudou tudo. Câmeras fotográficas deixaram de ser dispositivos eletromecânicos cheias de partes móveis e de grande precisão, e passaram a ser dispositivos eletrônicos sem muitas partes móveis. Eletrônica é barata. Mecânica é extremamente cara. Agora é possível encontrar no mercado equipamentos baratos e de qualidade profissional.

Ao mesmo tempo, a redução de custo trouxe um problema. Todos se acham fotógrafos. Basta uma câmera, e já sou fotógrafo. Não é necessário estudo, não é necessário nem observar o ambiente a sua volta, já que apenas o fato de eu possuir um equipamento profissional garantirá fotos boas, melhor, excelentes.

Reais profissionais da fotografia, estão ficando cada vez mais caros, afinal, quem contrata um fotógrafo profissional, sendo que aquele primo que mora em São Paulo, pode fotografar o meu casamento pela metade do preço que o profissional cobraria. Ou ainda essa digitalização acaba criando empresas de fotografia que não contam com reais fotógrafos. E essas empresas também não cobram muito diferente daquele primo de São Paulo.
A única foto em que o fotógrafo apareceu

Mas os resultados dessas contratações são, no mínimo, hilários.

Hoje em dia, é muito comum ver fotos de casamento onde se veem mais "fotógrafos" que convidados. Aquela perna que aparece na foto e ninguém sabe quem é. O parceiro do fotógrafo de novo. Fotos com sombras, com iluminação precária, ou seja sem nenhuma técnica de fotografia.

Na minha opinião, as maiores pérolas são aquelas fotografias do altar, durante um casamento, em que todos os fotógrafos estão procurando um melhor angulo para a foto, e no fim das contas, no álbum de fotos do casamento, você não encontra uma mísera foto da troca das alianças em que os fotógrafos não aparecem. Mas aí é tarde demais. Mas o importante é o falatório durante o casamento a respeito da máquina fotográfica do meu primo ou ainda a elegância dos fotógrafos. O terno preto dos fotógrafos.

Fotógrafo bom é aquele que ninguém viu durante o casamento. Ninguém fala e que ninguém viu a câmera que ele usou. Esse é o verdadeiro e bom fotógrafo. Aquele que você não faz idéia de quem é, e ainda não tem idéia qual é a câmera fotográfica que ele usa.

Esse sim é fotógrafo. E é esse que vale a pena a gastar um pouco mais.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Coisas do Inverno de Michigan 6

Basquete profissional.
A NBA começa no final do Outono, e nesse ano de 2011, com o locaute, começa no dia de Natal.

O primeiro jogo do Detroit Pistons, antes da temporada começar foi ontem, dia 16 de dezembro.

Kyle Irving e Brandon Knight prometem.







sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Apenas Duas Questões

Ok, o filme é velho, "Antes de Partir" com um dos meus atores preferidos, Morgan Freeman, numa cena no meio do Egito. Conversando sobre as crenças de vida após a morte do antigo Egito.

Ao chegar ao Paraíso, cada alma tinha de responder duas perguntas, e estas definiam, se essa alma poderia entrar ou não no Paraíso.

As perguntas são:
  • Sua vida trouxe alegria a você mesmo?
  • Sua vida trouxe alegria à aqueles que viveram a sua volta?
Parecem simples, mas nunca conseguimos responder imediatamente. Essa cena do filme, mostra com bastante clareza a dificuldade de responder estas perguntas.



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

1970 versus 2011

Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.
Ano 1970: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca descomunal e João volta tranquilo à classe.
Ano 2011: É mandado ao departamento de acompanhamento psicoeducacional, o diagnosticam como hiperativo, com trastornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra lhe receita Rivotril. Se transforma num Zumbí. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz.

Cenário 2: Luis quebra o farol de um carro no seu bairro.
Ano 1970: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas na bunda. A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada". Cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num homem de bem e profissional de sucesso.
Ano 2011: Prendem o pai de Luis por maus tratos. O condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos proibido de ver seu filho. Sem a presença de uma figura paterna, Luis se volta para as drogas, delinque e fica preso num presídio especial para adolescentes. Torna-se um adulto marginal.

Cenário 3: João cai enquanto corria no patio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando, o abraça calorosamente para confortá-lo...
Ano 1970: Rapidamente, João se sente melhor e continua brincando.
Ano 2011: A professora Maria é acusada de abuso sexual porque abraçou João e condenada a três anos de reclusão. João passa cinco anos de terapia em terapia. Seus pais processam o colégio por negligência e a professora por danos psicológicos, ganhando os dois juizos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida.

Cenário 4: Disciplina escolar.
Ano 1970: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava uma boa "descompostura" e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade. Resultado: Um mês sem ver televisão.
Ano 2011: Fazemos bagunça na classe. O professor briga e depois pede desculpas por chamar atenção na frente dos colegas. Nosso velho vai até o colégio se queixar do docente e para consolo... compra uma moto para o filhinho.

Cenário 5: Horário de Verão.
Ano 1970: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Não acontece nada.
Ano 2011: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, impotencia, gases e nas mulheres aparece celulite..

Cenário 6: Fim das férias.
Ano 1970: Depois de passar férias com toda a família enfiada num Gordini, após 15 dias de sol torrando na praia sem protetor, hora de voltar. A gente voltava feliz! No dia seguinte ia trabalhar, estudar e tudo bem.
Ano 2011: Depois de voltar de Cancún, numa viagem 'all inclusive', gastando litros de protetor fs 60, terminam as férias e a gente sofre com síndrome do abandono, estafa, attack, fuso horário e seborréia de origem emocional.

Os tempos mudam... Nem sempre pra melhor...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Coisas do Inverno de Michigan 5

Além do frio, ainda é possível ver negativos de gelo.

Nada que uma nevasca de leve e um pouco e vento não possam fazer um negativo gelado de uma placa de trânsito.

Curioso, no mínimo.
A placa

O negativo gelado


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Coisas do Inverno de Michigan 4

Como já dito antes, dias curtos, amanhecer por volta das 7:30 da manhã.

A temperatura baixa, perto de zero graus Celsius, propicia algumas coisas que não vemos normalmente.

Um exemplo são as esteiras de condensação formadas por aviões comerciais voando em grande altitude. A baixa temperatura faz com que estas esteiras não desapareçam, fazendo com que estas façam parte do céu.

Não são mais esteiras de condensação, são nuvens.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Coisas do Inverno de Michigan 3

Dias frios e curtos já não suficientes. Um pouco de neve pra limpar do carro pela manhã é fundamental.


domingo, 4 de dezembro de 2011

Coisas do Inverno de Michigan 2

Junto com o Inverno, também chegam, no hemisfério Norte, o Natal e o Ano Novo. Todo mundo trabalha um pouco mais devagar, e como já dito antes, os dias são mais curtos e frios, mas é final de ano, então a gente dá um jeito.

E as luzes de Natal na principal rua na cidade de Rochester, onde moro, são uma das coisas que mais valem a pena.



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Inverno Logo Ali na Esquina

Hoje, dia 28 de Novembro, posso dizer que o inverno já está dando sinais de que está chegando.

As árvores já não tem mais folhas, e sereno da madrugada amanhece congelado no carro, e os dias ficam cada vez mais curtos. Normalmente, chega-se ao trabalho no escuro, e volta-se pra casa já na escuridão da noite, noites que são cada vez mais escuras.

Algumas coisas são novidades. Geralmente, no Brasil, a gente se perguntaria pra que isso serve?

Bom, num Inverno rigoroso, com "I" maiúsculo, acaba-se de descobrindo para que aquilo serve, como por exemplo:

Aquele 31? Temperatura Externa
- Carro com sistema de partida remota: Parece desnecessário, mas numa manhã fria de inverno, com temperaturas perto dos -20C, é a melhor coisa chegar ao carro, e o mesmo já está com a temperatura de 20C, muito melhor não?

- Termômetro no carro: Em temperaturas mais baixas, o modo de dirigir muda completamente, especialmente em temperaturas abaixo de 0C onde a estrada pode, literalmente, virar um rinque de patinação, então é importante saber a temperatura externa, se precavendo de um possível trecho congelado na estrada, só observando a temperatura externa.



O canudinho verde

- Sinalizador de calçada: Pra ser sincero, não sei o nome daquele canudo verde da foto ao lado, mas sei que é um dos meus melhores amigos durante o Inverno. Durante o inverno, após uma nevasca, não se consegue mais dinstinguir o que é calçada e o que é rua. Os caminhões que limpam a rua precisam saber onde a rua começa e termina, para que possam limpar sem danificar o seu equipamento. Mas além disso, se você estiver andando na calçada cheia de neve, é importante saber onde a calçada começa e onde a rua termina, os tornozelos agradecem, e além disso, cair no chão frio, não é nada agradável, então saber o que é calçada e o que é rua passa a ser uma questão de "sobrevivência". Ok, estou exagerando, porém o valor que isso tem durante o inverno acaba até economizando pneus e rodas, já que esses canudinhos também vão evitar que você acerte a guia, por não saber onde a mesma estava.

- Rodas de alumínio no carro: Performance? Estilo? Sim, porém mais importante que isso, rodas de alumínio não enferrujam. Durante o inverno, para evitar o acúmulo de neve após as nevascas, é utilizado sal. Por causa disso, tudo enferruja, parece que Michigan está no litoral. Carros enferrujados estão por toda a parte, e as rodas são as peças que mais sofrem no carro.

Novembro, hora de mudar para "survival mode" já que o Inverno, esse ano,promete ser longo.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Qual a Sensação de Voar Sobre o Planeta?


Este vídeo foi feito a partir da Estação Espacial Internacional (ISS). Claro, que uma técnica para acelerar o tempo de órbita da Estação foi aplicada, assim podemos dar a volta ao mundo em menos de 87 minutos que é o tempo de órbita da ISS.

Em 5 minutos de vídeo, eu consegui reconhecer apenas 3 lugares:

O estado onde moro, o rio mais longo do mundo e uma bota.

Imagens como estas abaixo realmente mexem comigo.



United States of America

O que vem a mente ao ver tal bandeira?
1. Um lugar onde o imperialismo americano reina?
2. Onde pode se comprar eletrônicos e demais artigos de luxo mais baratos?
3. Um lugar conhecido por seus atores e atrizes famosos, atuando em Hollywood?
4. A maior democracia do mundo?
5. A maior economia do mundo?
6. Uma nação que coloca em primeiro lugar seus valores e interesses?
7. Um país que conserva a história, boa ou ruim, mas história?
8. O melhor lugar para se encontrar o melhor hambúrguer do mundo?
Eu prefiro ficar com as alternativas 4, 5, 6, 7, e 8.
Acho que essas alternativas, resumem bem o que penso a respeito deste país que vivo desde do mês de Julho de 2010.

Por outro lado, sei que a minha opinião não é das mais aceitas no país de onde vim. Abaixo são as mais comuns:
- País de terroristas;
- País das coisas baratas (essa é boa);
- A maior quantidade de Hard Rock Cafés por quilômetro quadrado;
- Lugar onde os ETs pousar suas naves espaciais durante as suas visitas a Terra.

Estas são apenas algumas das muitas expressões que ouço e vejo na internet, especialmente nas redes sociais. Leia-se Facebook.

Queremos viajar para os EUA, para que possamos comprar aquele tênis Nike, que custa 500 reais no Brasil, ou ainda pra comprar roupas de marca, qualquer que seja, mas é importante que a grife seja visível à quilômetros de distância, tais como GAP, Polo, essas coisas. Ou ainda para ir aos Hard Rock Cafés, que existem aos montes, tais como em Chicago, Detroit, Nova Iorque, Orlando, San Francisco, e por aí vai, ou até mesmo ir ao TGI Fridays numa sexta feira.

Mas este lugar não se resume somente a compras, ou ainda Hard Rock Cafés. Este lugar tem história.

Thomas Edison, Henry Ford, Irmãos Wright, Franklin D. Roosevelt, só pra citar os mais recentes, foram personagens que tiveram participação direta no rumo que o mundo tomava nas suas épocas, mesmo que ainda existam questões referentes a invenção do avião, os Irmãos Wright foram pioneiros.

Confesso que fico um pouco decepcionado, para não dizer irritado com as viagens que planejamos, e que acabam somente em compras. A pergunta que faço é a seguinte: Quais são as lembranças que você guarda da sua viagem aos EUA?

Acho que resposta deveria se encaixar no seguinte:
- Fui até o norte do estado de Nova Iorque durante o outono, e vi as árvores mudando de cor, do verde, para o amarelo e vermelho, um festival de cores.
- Subi ao Empire State e vi toda a ilha de Manhattan e também a estátua da liberdade.
- Tirei fotos com o Pateta na Disney, me diverti lá.
- Vi o parque de Yellowstone.
- O que acontece em Las Vegas, fica em Las Vegas.

Porém as repostas ficam contidas aos Macbooks, Ipads, tênis Nike, roupas de marca, ou ainda, cremes da Victoria Secret.

Ou ainda, existem aqueles que vêm aos Estados Unidos da America para estudar a língua que se tornou fundamental para se conseguir uma boa posição no mercado de trabalho. Estes se sujeitam a qualquer coisa para ter o seu curso de inglês nos EUA, porém se esquecem do principal, falar inglês, estudar, se rodear de pessoas que falam inglês, para aproveitar o máximo da estadia por aqui, mas preferem praticar o português, brasileiro de preferência. E não são poucas as vezes que após uns 4 ou 6 meses estudando parcialmente a língua inglesa, já que passam 65% do tempo livre praticando o português brasileiro, querem ir embora, e dizem a pérola abaixo:

"...não preciso mais ficar aqui, já comprei tudo o que eu queria..."

Na minha opinião, poderia ser:

"...não preciso mais ficar aqui, já visitei todos os lugares que eu queria, ou a maioria deles, e também comprei bastante coisas pra levar pra casa..."

Roupas encolhem, ficam surradas, tênis furam, ficam gastos, cremes da Victoria Secret? Esses também acabam, computadores quebram.

Mas memórias, essas não, mesmo que as suas fotos que estavam guardadas no seu novo computador sejam deletadas, nada vai apagar ou tirar as memórias da sua viagem de você.

Como Interpretar uma Música

Queen, Don't Stop Me Know...

Muito boa.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

STS-135 Hail Atlantis!!!

Existem algumas coisas que não devemos deixar pra amanhã se podemos fazer hoje.

Ver o lançamento do Ônibus Espacial Americano foi uma delas. A missão STS-135 foi o último voo depois de 30 anos trazendo progresso e conhecimento para toda humanidade.

O programa do Ônibus Espacial pagou um preço bastante caro, duas espaçonaves foram perdidas, sem contar as vidas envolvidas. Mas as lições foram aprendidas, e as espaçonaves foram aperfeiçoadas, tornando-se a espaçonave mais versátil e segura da atualidade.

Agora, o Ônibus Espacial é história.

Mas sei que não será mais possível ver o lançamento de tal máquina.

O jeito será se contentar com os vídeos HD na internet.

domingo, 13 de novembro de 2011

San Francisco, Califórnia

Morro do Teatro
Eu imaginava que nenhuma rua poderia ser mas inclinada que o Morro do teatro, na minha cidade natal, Itu, nada poderia ser mais difícil para um aluno de auto escola que fazer rampa no Morro do Teatro. Especialmente naqueles dias de chuva, onde o antigo paralelepípedo deixava a subida ainda mais traiçoeira.

Mais uma vez estava enganado. Descobri isso quando fui passar alguns dias na cidade de San Francisco no estado da Califórnia, na costa Oeste dos Estados Unidos. San Francisco é considerada uma das melhores cidade pra se viver dos EUA.

Acostumado ao ambiente na costa Leste dos EUA, San Francisco mostra logo de cara que as diferenças entre a costa Leste o Oeste dos EUA não são apenas os diferentes oceanos que banham cada uma das costas, já no aeroporto internacional da cidade é possível ver que as companhias aéreas que ali operam já não são as mesmas que operam na costa Leste, os aviões são maiores para vencer as distâncias transpacíficas. O ritmo das operações é diferente, o ritmo das pessoas que ali trabalham é diferente da Costa Leste. O senso de urgência é diferente, mas tudo ocorre como planejado.

A cidade é fantástica. Situada na península de San Francisco, cercada pelo oceano Pacífico de um lado e pela baia de San Francisco do outro, a cidade é conectada ao continente pelo lado Sul. Atrações turísticas por todos os lados, arquitetura bastante especial, um relevo de extremos, e claro, algumas das pontes mais imponentes do mundo, entre as quais está a Golden Gate, a ponte mais fotografada do mundo.

San Francisco está situada exatamente sobre a falha de San Andreas, ou seja, San Francisco está situada entre as placas tectônicas Norte Americana e a do Pacífico. Uma região propensa a forte terremotos, o que pode ser verificado historicamente, com grandes terremotos que já abalaram San Francisco, o maior deles em 1906 e o último em 1989, fato que faz com que a cidade viva cada dia como se fosse o ultimo.

San Francisco tem um dos melhores sistemas de um transporte público da costa oeste americana, logo não será necessário andar de carro pela cidade. Ônibus são abundantes, Taxis são fáceis de serem encontrados, e ainda existem os bondes, ou como são conhecidos em San Francisco, Cable Cars. Carros que se utilizam de sistemas de cabos para vencer as subidas e descidas extremas da cidade. Acabamos não andando nos bondinhos, alugamos um carro. Erro banal, mas que lhe custará algumas dezenas de dólares por dia para estacionar na cidade, especialmente se escolher um hotel no centro da cidade, e ainda te custar uma volta nos bondinhos, como nos custou.
A Ponte Golden Gate

Duas atrações, em minha opinião, realmente chamam a atenção dos visitantes, e a primeira é a ponte mais fotografada do mundo, a Golden Gate. Uma ponte pênsil, pintada na cor ferrugem, principal cartão postal da cidade, e como dito anteriormente, a ponte mais fotografada do mundo. A ponte liga a cidade de San Francisco com a cidade de Sausalito, tendo um lado a baia de San Francisco e do outro o enorme oceano Pacífico. Mirantes estão ao redor da ponte, para que seja possível tirar uma boa fotografia, ou ainda apenas apreciar a vista de San Francisco e da própria Golden Gate.


A Ilha de Alcatraz

A segunda atração é a ilha de Alcatraz. No centro da baia de San Francisco, entre as pontes Golden Gate e a Bay Bridge, a ilha, que já funcionou como fortificação militar, e prisão de segurança máxima onde muitos criminosos ilustres, tais como Al Capone cumpriram pena, é uma parada obrigatória na cidade de San Francisco. Barcos são oferecidos em intervalos de aproximadamente uma hora, e um detalhe muito importante é que durante a visita dentro da prisão, você recebe um equipamento de áudio onde detalhes do que aconteceu dentro dos muros da prisão são contados por antigos oficiais que trabalharam em Alcatraz e até mesmo antigos prisioneiros. E o melhor de tudo, você pode ter todas essas informações em português. Através do áudio, é possível sentir como se estivéssemos em Alcatraz por uma vida inteira e não apenas por algumas horas.

Mas San Francisco não está limitada somente a essas duas atrações, há ainda o centro da cidade, o edifício das Nações Unidas, o Paço Municipal, as Casas construídas em estilo Vitoriano, e muito mais, vale a visita, por um dia, dez dias ou durante uma visita a ao Estado da Califórnia, ou mesmo para rever os amigos.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Bem que você poderia esperar um pouco mais...

Super Hannie
Ontem, dia 24 de outubro de 2011, minha cachorra morreu.

A Hannie, Rany, Rannie, Hany. Nunca definimos como o nome dela era escrito. Quebrei a perna em um acidente de moto, e queria um bichinho de estimação que pudesse me fazer companhia durante o tempo que estaria em casa com a perna engessada me recuperando. Então, a Hannie, (prefiro assim), apareceu na minha vida. Um cachorro de verdade, doida pra correr por tudo,  passear na rua, fazer literalmente tudo que desse na telha. Mas que também vigiava a casa, latia pra estranhos e virava lixo quando não fazíamos as suas vontades.

Ela envelheceu, ganhou alguns pelos brancos, ficou doente, melhorou, rolou na carniça, nadou na piscina, se fingiu de machucada, dormiu na cama com a gente, arrebentou a coleira,  quase foi atropelada, pegou carrapato, pulga, ficou cheirosa, andava de carro, e nunca me devolveu a bolinha quando brincávamos.

E era o meu cachorro, depois de Hannie, virou Preta, SuperDog, Black, Tranqueira, Hanão.

Sua vidinha de cachorro foi curta, só 11 anos. Agora vale a pena lembrar dela correndo atrás da bolinha de borracha, rolando na parede após um banho no chuveiro, com agasalho no frio, de laço e com qualquer enfeite, se achando a Miss Brasil, pulando no sofá fazendo bagunça, ou ainda deitada na cama, com cara de quem não está entendendo, tentando garantir um lugar na cama quente pra passar a noite.

Enfim, uma super cachorra, a minha cachorra. Não levei ela comigo nessa minha nova aventura fora do Brasil, mas a casa dela era lá. Seu lugar era lá.

Vou lembrar de você. Saudades de você.

Cachorro Gente! Parecia mais gente que eu mesmo.

domingo, 9 de outubro de 2011

Como Reclamamos

As vezes eu penso em desistir daquele lugar situado ao Sul, ou melhor logo abaixo do Equador.

Uma notícia de que radares móveis para fiscalização de velocidade na cidade de São Paulo. Removidos devido ao grande número de reclamações por parte dos motoristas de São Paulo.

Mas pera ai: Limites de velocidade não são para serem respeitados? Então porque a revolta? Porque reclamar? Uma indústria de multas, uma máquina de roubar dinheiro do povo, ou ainda, para os adeptos de teorias da conspiração, uma maneira de controlar a população.

Mas, de qualquer maneira, gosto compartilhar a minha opinião. Limites de velocidade devem ser respeitados, independentemente se são baixos demais ou ainda altos demais, ou inadequados. Foram definidos por uma razão simples: Segurança. Respeitando os limites de velocidade, cumprimos a lei, e principalmente, salvamos vidas. E além disso dirigindo dentro dos limites de velocidade, consequentemente aquela tal fábrica de multas deixa de existir. Interessante não?

Mas, a maioria de nós brasileiros, prefere achar que como o sistema não funciona corretamente, que nosso governo não nos suporta da maneira que deveria, ou ainda devido a corrupção, e, porque temos um carro que atinge até “mágicos” 180km/h, e por isso devo dirigir acima do limite de velocidade estipulado em 120km/h. E o mais legal: Economiza combustível, e não detona o meu carro.

A única coisa que sei é que tento fazer a minha parte, mesmo não estando por lá.

domingo, 18 de setembro de 2011

Nossas Opiniões Mudam. Amadurecemos

Cheguei nos meus 30 anos de idade. Meio estranho, mas nada realmente muda, exceto para os crentes em astrologia, que relacionam a idade de 29 a 30 anos com o retorno de Saturno. Deve ser por causa da duração da órbita de planeta Saturno que dura 29 anos e, conforme a astrologia, tem relação com o amadurecimento da pessoa. Confesso que não creio muito nisso não.

Nos meus 28 anos, ou seja, antes do meu tal retorno de Saturno, decidi que iria casar, mudar de emprego e mudar de cidade, país e até de continente. Mudanças um pouco radicais, mas que valeram a pena.

Mudei de país. Deixei o país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, e fui morar, quer dizer, viver no nosso vizinho do norte, um lugar chamado Estados Unidos da América. Um lugar que, quando crianças, estudamos muito pouco, mas que desde cedo aprendemos que tudo que usamos, desde brinquedos a computadores vem de lá, ou tem alguma relação com este país.

Mas um país, que a maioria de nós, passa a ter uma relação um pouco diferente na nossa adolescência, ou quando começamos a formar nossas opiniões a respeito de tudo e todos. Essa relação passa a ser de amor e ódio. Nos apaixonamos pela música, pela tecnologia, pelas fotos, e seriados enlatados que nos são enviados goela abaixo na televisão. E ao mesmo tempo passamos a odiar o país que jogou duas bombas atômicas contra o Japão, durante a Segunda Guerra Mundial, que embarga o comércio com a ilha de Cuba, que protege seus interesses sem maiores preocupações com a opinião mundial, entre muito outros fatores, que gostamos de listar, e que geralmente sobrepõem a todos os outros fatores, os quais nos apaixonamos.

Daí ficamos mais velhos, e novamente mudamos de opinião, e quando vamos para a faculdade, voltamos a pensar diferente a respeito deste lugar. Este lugar passa a ser mais amigável, e ficamos mais próximos, e queremos entender o que acontece por aqui. Mas, geralmente, algum conflito acontece ao redor do mundo, e voltamos a nossa opinião adolescente a respeito dos EUA. Parece um processo cíclico.

Alguns formam opiniões diferentes a respeito, opiniões que, são um pouco mais consistentes, porém estes são considerados pró EUA, ou melhor, não sabem o que falam, ou ainda foram absorvidos pelo sistema conspiracionista Americano, ok, estou exagerando um pouco, mas não foge muito disso não.

Bom, hoje moro nos Estados Unidos da América por um ano e três meses, e hoje posso dizer que vi coisas que não espero ver em nenhum outro lugar do mundo, melhor, acho que não vou ver em nenhum outro lugar do mundo.

Um Cabo do Exército Americano ser ovacionado por uma multidão de 40 mil pessoas durante um jogo de Beisebol não é algo que se vê todo dia. Voltar pra casa depois de alguns meses num lugar distante, já é uma recompensa e tanto e ainda lutando por uma "liberdade" que não veio de "graça", é um motivo enorme para o povo americano. Independentemente se a guerra ou se os interesses defendidos não trarão benefícios a outras nações. Isso realmente não é importante para o povo Americano. Na minha opinião, a soberania de um país, os interesses da nação, vem em primeiro lugar.

Onde se preserva a história. Boa ou ruim. Importante ou não. Onde fazer parte das Forças Armadas é levado a sério. Como sempre escrevo, sinais de trânsito são respeitados, pessoas são respeitadas. O sistema funciona, e vale a pena respeitar o sistema. Infrações de trânsito acontecem, e devem ser pagas por motoristas de Porches, Camaros, Mustangs, SUVs, enfim, todos são tratados igualmente.

E  ainda por cima, discos voadores sempre pousam por aqui. Pelo menos é o que mostram os filmes.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Detroit Tigers

Comérica Park
A cidade de Detroit, no estado americano de Michigan está morrendo.

É o que todos dizem quando visitam a Motor City no sudoeste do estado de Michigan. Cidade que já foi a mais rica dos EUA, agora agoniza, luta para sobreviver. Edifícios abandonados, a criminalidade é relativamente alta, e faltam atrativos para visitação.

Mas algo que faz com que a cidade renasça, duas vezes por semana, as vezes mais, três horas por noite. O Beisebol.

O time do Detroit Tigers tem sua sede no Comerica Park, um estádio localizado no centro da cidade de Detroit, na Woodward Avenue, a US-1. Time que sempre está entre os melhores da MLB, a Liga Americana de Beisebol, e atrai um bom público nas suas aparições, além de ser um time de enorme carisma, com seus jogadores que vão dos vilões aos bonzinhos.

O Beisebol é um jogo estranho, é a única modalidade esportiva em que é defesa que controla o ritmo do jogo, portanto para nós brasileiros, é necessário inverter tudo o que conhecemos a respeito de esportes de bola, além das posições no campo que são completamente diferentes e ainda as dimensões do campo fogem do tradicional retângulo, ou como os comentaristas de televisão dizem, as quatro linhas. O campo do Beisebol tem formato de um diamante.

O Pitcher, o jogador que arremessa a bola, geralmente é o astro do jogo. Ele é que pode decidir entre a vitória e a derrota do time, as atenções do jogo sempre estão para o Pitcher, no caso do Detroit Tigers, Justin Verlander, o melhor pitcher da temporada de 2011.

Porém vai um conselho, o Beisebol é um jogo lento, e para os menos avisados, é possível dormir nas arquibancadas, especialmente se não entendemos o jogo, quais são as regras, e a maior contradição do jogo: O pitcher arremessa a bola em direção ao rebatedor, porém ele tem de jogar de uma maneira que o mesmo não consiga rebater. Eu, particularmente não consigo entender.

Vale a pena também aproveitar os eventos especiais após os jogos, que vão de queima de fogos a sorteios de brindes.

domingo, 11 de setembro de 2011

Onze de Setembro de Dois Mil e Um

Construção do Novo WTC
Hoje é relembrado nos mais diversos meios de comunicação ao redor do mundo, como é de conhecimento de todos, o maior atentado terrorista da história dos EUA.

Neste mesmo dia, aviões comerciais foram seqüestrados nos EUA, e jogados contra o que eram considerados símbolos do poder e do capitalismo americano. Esses símbolos incluíam as torres do World Trade Center na cidade de Nova Iorque, o Pentágono, e pelo menos mais um alvo que até hoje não foi esclarecido.

Não vale a pena ficar procurando culpados ou ainda enumerando acontecimentos que levaram a destruição dos edifícios ou ainda as consequências que o atentado levou, principalmente aos países do Oriente Médio e Ásia. Em nome de Deus, em nome das mazelas que o “capitalismo americano” impõe aos países, que de certo modo evitam jogar o jogo americano, ou ainda, lunáticos que se acham no direito de influenciar a vida daqueles que nada tem a ver com a sua situação agora não importa mais. Aconteceu, aviões foram jogados contra as torres, e agora vivemos as consequências deste ato covarde.

Porém, a principal mudança aconteceu na própria cultura Norte Americana. Os estadunidenses mudaram o seu modo de pensar, e de certo modo, após quase 100 anos de guerras contra outros países, os EUA sentiram o impacto da artilharia inimiga em seu território continental. Os inimigos acertaram os EUA em seu coração, porém não havia um inimigo evidente contra o qual os EUA poderiam declarar guerra. Desde do dia Onze de Setembro de Dois Mil e Um, os EUA não são mais intocáveis. Sim, após duas guerras mundiais, os EUA foram atingidos.

Isso mudou a maneira de pensar da maioria dos Estadunidenses. O Patriotismo, que já era evidente na maior parte do país, passou a ser exacerbado. A chamada “Guerra ao Terror” iniciada pelo então presidente George W. Bush, abriu um precedente para que a cultura Estadunidense fosse espalhada para o mundo todo, incluindo países que antes nunca tinham ouvido falar dos símbolos do dito capitalismo americano. E o cidadão comum Estadunidense tem orgulho de fazer parte de uma nação que defende seus interesses a qualquer custo, que faz guerra se assim for necessário para manter sua hegemonia ou até os padrões de vida americanos, e principalmente a unidade do País.

E além disso, o Estadunidense tem orgulho de fazer parte de uma nação que defende outras nações sem, explicitamente, pedir nada em troca. Nação que mesmo em crise, está sempre presente defendendo e protegendo seus cidadãos em terras estrangeiras, fornecendo ajuda humanitária para países que necessitam. Nação que faz valer a constituição válida desde o ano de 1787.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Museu da Força Aérea Americana

Vista Geral do Hangar
Como já disse diversas vezes aqui neste blog, e também pra quem quiser saber, a região dos Estados Unidos conhecida como Meio Oeste não é o que pode ser chamado de pólo turístico. Com exceção da cidade de Chicago, no estado de Illinois, não há muitas outras atrações para quem vem para esta região.

Vivendo aqui por mais de um ano, é parte do nosso cotidiano procurar coisas para se fazer, principalmente porque o verão é curto, e os “seis meses” de inverno chegam bem rápido, portanto é muito importante aproveitar os poucos meses que se pode viajar sem preocupação com o clima. Apesar que as chuvas de verão no meio oeste também não são nada suaves.

Decidimos pagar uma visita ao Museu Nacional da Força Aérea Americana, na cidade de Dayton, no estado de Ohio, Uma viagem que dura quatro horas do Sudeste do estado de Michigan até o “meio do nada” no estado de Ohio. Dayton é uma cidade relativamente grande, há várias atrações, restaurantes diferentes, onde pode se encontrar boa comida, porém a cidade vive da aviação. Foi aqui que os irmãos Wright realizaram o primeiro vôo de um objeto mais pesado que o ar em 1903 e “esconderam” o feito do mundo por uns 5 anos. Logo, se você procura um lugar para saber mais a respeito da história da aviação americana e mundial, a cidade de Dayton é o lugar perfeito, ou perto disso.

O Museu Nacional da Força Aérea Americana fica localizado dentro da base aérea Wright Patterson, numa área de acesso livre para civis. Formado por 3 hangares, um auditório, e um cinema IMAX, além de mais dois hangares que estão localizados dentro da área restrita da base. O museu é um programa para o dia todo, e aqui vale a máxima de que Deus ajuda quem cedo madruga. Chegue cedo e será recompensado, pois será uma visita quase que exclusiva. A visita é gratuita, e algumas partes do museu requerem inscrição por ordem de chegada, por isso chegar cedo é importante.

O acervo do museu é extenso, inclui desde os primeiros aviões da USAF (United States Air Force) quando ainda era parte do exercito americano, como o primeiro avião desenvolvido pelos irmãos Wright para os militares, e vai até o mais moderno avião de combate da USAF, o F-22 Raptor. E entre todos estes aviões, ainda é possível encontrar o B-29 Bockscar, um dos aviões que contribuíram diretamente para o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945.

Os hangares localizados na área restrita da base requerem transporte especial, fornecido pelo museu, e antes disso é necessário fazer uma inscrição que permitirá a utilização deste transporte. A visita nestes hangares dura, no máximo 50 minutos, ou seja, tenha em mente o que procurar dentro dos hangares. A circulação dentro dos hangares é livre, porém, como dito antes, o tempo de permanência dentro dessa área é controlado.

Em um dos hangares, chamado de Presidential Gallery, será possível observar os aviões presidenciais utilizados através dos tempos, desde do avião de Franklin Roosevelt até o avião utilizado por John Kennedy, Ronald Reagan, entre outros. Vale ressaltar que é possível entrar em quase todos eles, e conhecer como o avião é modificado para servir ao presidente dos EUA, assim como fatos que ocorreram dentro destes aviões.
No outro hangar, a R & D Gallery, estão muitos dos aviões que serviram para pesquisa e desenvolvimento desde os anos 50 até os dias de hoje, estando entre eles o XB-70 Valkyrie e até o X-15, o avião recordista em velocidade.


O museu é grande, é possível gastar o dia todo e mesmo assim não será possível ver tudo, ou ainda ter visto tudo e sair com a sensação de que algo ficou sem ser visto, portanto uma visita rápida não vai ser suficiente, o melhor é chegar cedo, aproveitar e almoçar dentro do museu, num restaurante simples e que atende a todos os gostos, e ir embora no final da tarde, quase na hora de fechar.
Site oficial: http://www.nationalmuseum.af.mil/index.asp
1100 Spaatz Street
Wright-Patterson AFB OH 45433
(937) 255-3286
Aberto 7 dias por semana das 9 até as 17 horas. Fechado no no dia de Ação de Graças, Natal e Ano Novo.

domingo, 4 de setembro de 2011

Selfridge Air National Guard Base

Como já é sabido, gosto da exploração espacial, enfim, maquinas que voam.

Nos EUA, shows aéreos são relativamente fáceis de se encontrar. Em todos os estados, são realizados shows aéreos, e é possível ir a dois diferentes shows aéreos no mesmo final de semana.

No final de semana do dia 20 de agosto de 2011, estava programado o Selfridge air show. A ser realizado na base aérea da Guarda Nacional, no estado de Michigan, condado de Macomb. Uma área muito bonita por sinal, onde todos levam seus brinquedinho aquáticos para o lago Saint Claire. Me chamou a atenção a falta de divulgação do evento, porém um evento que se destina a "apaixonados" pela aviação, não necessita de muita divulgação.


Decidimos ir no domingo a tarde, dia 21 de agosto. 1 hora da tarde. Chegando a base as 2 horas da tarde, transito caótico, policiais por todos os lados, coisa não muito normal para um evento desse porte nos EUA. Após algumas tentativas frustradas de chegar a base, decidimos ir embora. Talvez fazer algo mais a sombra seria melhor.

Chego em casa e procuro na internet se existem comentários a respeito do evento. Descubro que exatamente a 1 hora e 30 minutos daquele domingo, o "stunt man" Todd Green caiu ao tentar se transferir de uma aeronave para um helicóptero. Todd sofreu uma queda de aproximadamente 300 metros de altura. Logo se explica a confusão ao redor da base aérea.

Todd, fazia tais "stunts" há algum tempo, e ainda não se sabem as causas do acidente.
Condolências a família.

domingo, 7 de agosto de 2011

Early Bird Gets the Worm

Explosão do Ônibus Espacial Challenger
Na empresa em que trabalho, participei de uma dinâmica de grupo com o objetivo de estabelecer as diferenças entre dois tipos de gerenciamento nas empresa: The Early Bird Gets the Worm (O passarinho que chega cedo pega a minhoca) e The Second Mouse Gets the Cheese (O segundo rato pega o queijo).

Ou seja, duas analogias com dois possíveis métodos de gerenciamento numa empresa, o primeiro, onde considera-se que vale a pena correr os riscos de, literalmente, dar a cara a tapa, e o segundo método onde vale a pena esperar pelo erro do primeiro rato (que deu a cara a tapa pelo queijo e foi morto pela ratoeira), e colher os frutos de um trabalho relativamente mais fácil.

Porém, nos dias atuais, considero que não há espaço para o segundo rato. Não existem mais “galinhas mortas”. Não há mais a possibilidade de esperar o seu concorrente agir primeiro e colher os frutos de um trabalho já começado por quem quer que seja. Não há como Control +C e Control+V no trabalho sem pagar o preço, não existe mais o dinheiro fácil.

Um exemplo que gosto é o programa espacial americano. Comandado pela NASA, a agência espacial americana, com exceção da fase inicial, o programa espacial americano sempre foi pioneiro, e pagou o preço por isso, de forma mais ou menos trágica, mas pagou o preço. Porém é necessário ver tudo o que foi conseguido pelo programa espacial americano e como consequência boa parte da humanidade.

Os acidentes da Apollo 1, Apollo 13, a Challenger, e Columbia, são a prova desse pioneirismo, e dos custos que esse pioneirismo por causar, porém após tais acidentes, os vôos espaciais da NASA ficaram mais seguros, e além disso sempre foram mais longe que todo e qualquer programa espacial no planeta.

Ser um Early Bird pode custar caro, porém os objetivos podem ser maiores e alcançados mais facilmente.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

New York City

Final da Primavera, temperaturas perto dos 30 graus Celsius no norte dos EUA É hora de sair de casa. Aliás, durante os meses de Maio a Setembro, sair de casa é uma obrigação, que começa no final da Primavera, e termina no começo do Outono. Este é o período de temperaturas amenas no norte dos Estados Unidos.

E é no final de Maio que faço minhas malas, ou melhor minha mochila, com destino a Big Apple, até hoje não me explicaram com exatidão a origem deste apelido, a cidade de Nova Iorque. De Michigan até o estado de Nova Iorque não é uma viagem fácil de carro, mas a paisagem vale a pena. Uma experiência bem diferente.

A viagem começa bem cedo, já que não será fácil encarar as 12 horas de estrada, e ainda por cima, cruzar o estado da Pensilvânia, o que nos levará por dentro de muitas reservas ecológicas, animais silvestres próximos a rodovia, ou até mesmo tentando atravessar a mesma, logo todo cuidado é pouco.
Michigan, Ohio, Pensilvânia, Nova Jersey, e finalmente o estado de Nova Iorque, e consequentemente a visão da Big Apple. Pedágios para se chegar a cidade, estacionamento pago e extremamente caro, e um trânsito caótico. Para os padrões americanos. Um Paulistano não teria problema algum. Porém, mesmo com essas adversidades é possível deixar o carro na garagem e se aproveitar do sistema de transporte público que inclui ônibus, taxis, e metrô, e além disso, os pontos históricos não ficam muito distantes um dos outros o que permite andar e curtir a cidade.

Estátua da Liberdade
 Como numa visita de fim de semana prolongado, três dias apenas não são suficientes para conhecer toda a cidade, logo, me concentrei em alguns que considero os principais:

- Estatua da Liberdade e Ellis Island: A Estatua, por si só, já dispensa descrições adicionais. É tida como símbolo do novo mundo que era buscado por muitos, e também um dos principais cartões postais americanos. Para chegar até a ilha onde o monumento está localizado é preciso pegar o barco na baixa Manhattam, transporte que leva por volta de 10 a 15 minutos para chegar até a ilha. E na ilha, além da própria estatua, é possível andar pelo parque que ali existe, e comprar souvenires.
Para voltar a ilha de Manhattan, o barco faz uma parada, na minha opinião, obrigatória em Ellis Island, porta de entrada obrigatória para aqueles que buscavam uma nova vida no Novo Mundo. Novo Mundo que nem sempre significava melhores condições de vida, porém a única alternativa de muitos.
Ellis Island

- Central Park:  Uma ilha verde dentro da ilha de concreto. No centro de Manhattan, é aproveitada pelos Nova Iorquinos todos os dias, principalmente no verão, desde para passear com o cachorro ou mesmo para a aproveitar o tempo livre, ou uma tarde de verão. Vai valer a pena aproveitar e ver executivos de terno e gravata relaxando alguns minutos após um almoço de negócios.

- Empire State: O edifício mais alto da cidade. Proporciona uma visão de 360 graus da ilha. A vista vale a pena principalmente ao entardecer, quando as cores e formas se misturam, criando uma vista ainda mais curiosa da cidade que nunca dorme.

Edifício Empire State ao fundo
 - Cachorro quente na Quinta Avenida: Passear em Nova Iorque e não comer um “hot dog” na Quinta Avenida, é a mesma coisa que viajar para o Sul do Brasil e não tomar Chimarrão, portanto faça uma pausa nas compras e no passeio, e pare em qualquer carrinho de cachorro quente. Não peça o cachorro quente sem vinagrete porque você será sortudo se o seu cachorro quente  vier com uma salsicha inteira.

- Times Square: A máxima de que a cidade de Nova Iorque nunca dorme se aplica com perfeição à esta parte da cidade. Aproveite para tirar fotos com os “super heróis” que sempre ali estão e também fazer algumas compras.

Enfim, uma cidade de muitos atrativos, e principalmente, de muitas cores, muitas pessoas, que chegam ali de todas as partes do mundo, e que tem algo em comum com a Broadway, Times Square, com a ponte do Brooklin, ou até mesmo com o seriado de tv “Todo Mundo Odeia o Chris”.

sábado, 30 de julho de 2011

Saint Paul Chapel

WTC Ground Zero

O dia é 11 de setembro de 2001. Mais um dia na cidade mais cosmopolita do mundo. Um dia comum.

Todos se dirigem normalmente para o trabalho, outros estão presos no tráfego, e outros correm para conseguir o seu café da manhã numa das Starbucks espalhadas pela baixa Manhattan. Há ainda os que estão aproveitando a manhã no parque no centro da ilha.

Por volta das 10 horas da manhã, se ouve um ruído que a cidade já está bastante acostumada, porém mais intenso, parece mais próximo. Aliás, está mais próximo, e que desaparece repentinamente após um ruído de impacto. Poucos sabem o que realmente aconteceu. Um Boeing 767 atinge um dos edifícios mais altos da ilha de Manhattan. A torre Norte do World Trade Center na parte baixa da ilha.

A cidade para, literalmente. Redes de TV entram em rede nacional, e passam a mostrar imagens do que seria um dos acontecimentos mais aterrorizantes da curta história da Humanidade no planeta Terra. Um edifício está em chamas, a cidade atônita tenta entender o que está acontecendo. O chefe da nação recebe a notícia e parece paralisado. Sua expressão não demonstra nenhuma emoção, além do que parece um enorme ponto de interrogação.

As imagens são exibidas em todo mundo, quando a cidade, mais uma vez, ouve o mesmo ruído, tão intenso quanto o primeiro. Um segundo Boeing 767 atinge a torre Sul do World Trade Center. O mundo todo assiste pasmo ao segundo impacto. O que inicialmente parecia um acidente, agora tem se a certeza de que se trata de algo planejado, premeditado.

Uma imensa operação, nunca antes tentada, se inicia para colocar no chão tudo que voa no espaço aéreo dos EUA, operação que deve ser executada a qualquer custo. Outro avião cai no estado de Ohio, numa área desabitada. Este era o vôo United 93, outro avião seqüestrado. A operação para pousar todos os aviões que estão no espaço aéreo americano no chão é bem sucedida e em pouco mais de 1 hora apenas aviões militares estão no céu.

Todo departamento dos Bombeiros de Nova Iorque é chamado para o local do impacto. Postos de comando são montados a redor da área do impacto, no bairro de Soho, na baixa Manhattan, o objetivo é fazer com que as pessoas sejam retiradas da área o mais rápido possível, além de evacuar os dois edifícios que foram atingidos pelos aviões. As pessoas que estão nos andares acima do impacto da aeronave não têm como descer, e deixar o edifício, e alguns aguardam nas janelas há mais de 300 metros de altura esperando por uma solução que não veio. Não há esperança.

Rapidamente, os edifícios vão sendo evacuados, e repentinamente, toda área é tomada por uma poeira densa, se torna difícil enxergar e respirar. A paisagem na cidade muda, vidas são literalmente varridas. As ruas estreitas ao redor dos edifícios são tomadas por poeira, entulho, sapatos, computadores, vigas de aço, documentos. Entre as vítimas, estão mais de 300 homens do Corpo de Bombeiros da cidade de Nova Iorque as torres desabam.

Ao mesmo tempo, todos os principais edifícios da cidade são evacuados, no temor de que mais ataques possam acontecer, todos se tornam suspeitos apesar do perigo ter vindo do alto.

Saint Paul Chapel
Muitas construções menores, ao redor do World Trade Center são danificadas. Porém uma pequena capela, o prédio público ainda em uso mais antigo dos Estados Unidos, vizinha ao World Trade Center e coberta de poeira e entulho, está intacta, sem dano algum, nem um vidro quebrado.

A capela de Saint Paul, nas semanas seguintes passa a ser o posto de comando para as operações de resgate que continuam por semanas. Lugar onde todos aqueles que trabalham nestas operações o utilizam para descansar, nem que seja por apenas alguns momentos. E 10 anos depois se torna uma espécie de memorial ou santuário as vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001. Um local que serviu de refúgio para aqueles que mais precisaram naquele dia, local que serviu como refúgio a muitas pessoas independente de raça, credo ou classe social, mas que precisavam se proteger de alguma forma, ou ainda procurar por parentes, receber informações de pessoas, que talvez estivessem nos edifícios naquela manhã, e que nos dias seguintes eram dadas como desaparecidas.

Tamanha tragédia, logo ali ao lado, me faz pensar que esta pequena igreja, ou melhor, este pequeno prédio público foi guardado por alguém maior, como se "ele" dissesse que apesar da humanidade ainda matar em meu nome, eu ainda me preocupo com vocês. Ou ainda apenas uma coincidência devido a uma estrutura reforçada ou por outro qualquer motivo.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Meu próprio reflexo

Alguns dias atrás, me peguei pensando a respeito do Brasileiro.

Sempre reclamamos dos políticos, do preço da gasolina, dos impostos, das multas, das tarifas bancárias, enfim, de filas reclama de tudo que está ao seu alcance.

Por outro lado, fazemos algumas coisas, que pelo menos eu, brasileiro comum, que apesar de ausente da Terra Brasilis, ainda paga seus impostos e honra seus compromissos para com ela.

Daí seguem algumas das minhas opiniões que o Brasileiro precisa refletir a respeito, antes de sair às ruas para protestar pelo quer que seja. Quando o brasileiro começar a fazer algumas dessas coisas ai que eu descrevi no texto, aí sim o brasileiro vai poder reclamar seus direitos, e será capaz de se indignar e com razão.

  • Motoristas que não são punidos por causarem acidentes pelos mais diversos motivos, basta ter um carro importado;
  • Pedestre que não é punido por não respeitar o sinal de travessia de pedestres;
  • Motoristas de ônibus não sabem o significado do sinal de trânsito: "Dê a preferência";
  • Motociclistas não têm asas;
  • Licenciamento e IPVA devem ser pagos todo ano, independente de você possuir um carro, moto, caminhão. Sim, é extremamente caro, porém na hora da compra, todo brasileiro sabia que estava se compromissando a pagar tais despesas.
  • Multas não são emitidas a toa. Se uma multa por excesso de velocidade é emitida, é porque você emitiu o limite de velocidade. O mesmo se aplica para multas de estacionamento irregular, falta do uso do cinto de segurança, falar ao telefone celular enquanto dirige, e por aí vai.
  • CD´s são caros, porém isto não justifica baixar música da internet de graça. Muita gente trabalhou pesado para conseguir que aquele CD que você gosta chegasse até a loja;
  • TV por assinatura já é definida no próprio nome. Você precisa assinar para que possa assistir, ou seja, pagar;
  • Energia elétrica, apesar de ser extremamente cara no Brasil, é paga e tem um custo, e os ditos "gatos" só fazem que este custo seja aumentado e repassado para todos os consumidores;
  • Jogos de videogame também têm seu custo. Alguém trabalhou para desenvolver e depois vender. Comprar na "25" por cinco reais não é legal.
Enfim, tudo que citei acima, é, de certo modo, um crime. Ainda que pensemos que é pequeno ou sem importância, isto afeta a sociedade, e mais grave ainda, fazem com que nossos direitos de cidadão sejam afetados.

Tudo isso, pra dizer que antes de sairmos falando a torto e direito que o Brasil não tem mais jeito, que os políticos são todos farinha do mesmo saco, pode ser que façamos parte deste mesmo saco de farinha.

A lista acima é pra se pensar um pouco, ou melhor, pensar bastante

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Você mora perto do dedão da sua mão direita?


Há exatos 11 meses atrás, conversava com um morador do estado de Michigan, nos EUA, a respeito do sudeste do estado. No Sudeste de Michigan estão os principais centros de desenvolvimento da indústria automobilística americana, o que inclui a cidade de Detroit. E ele me mostrava sua mão direita e apontava algo perto de seu polegar, e me dizia que do seu polegar até o centro de sua mão a viagem de carro levava por volta de uma hora e meia.

Pensava: O que tem a ver a mão direita do cara, com a cidade que ele mora? Porque essa mania de mostrar a mão e apontar algo perto do dedão? Ou as vezes mais ao centro, no dedo indicador. O que significam essas indicações? Todos mostram suas mãos para indicar onde moram, porém não há nenhuma explicação a respeito do significado dessa expressão.
Vale a pena uma observação maior das divisas do estado de Michigan e as duas penínsulas que formam o estado de Michigan.

O estado americano de Michigan é formado por 2 penínsulas, cercadas pelos grandes lagos. Lago Michigan, Lago Superior, Lago Huron, Lago Saint Claire e Lago Eire. E estas duas penínsulas, principalmente a península inferior lembra bastante o formato da mão. E o pessoal que vive no estado acaba utilizando estas indicações para localização geográfica.

Por exemplo, a capital do estado Lansing, fica no centro da palma da mão, Detroit, a capital do automóvel fica próxima a base do polegar, a cidade de Makinaw, onde pode ser encontrado o melhor Fudge (um doce genuinamente americano) do estado, na ponta do dedo médio.

Enfim, particularidades de um estado que enfrenta neve durante seis meses do ano, e que tem mais de 5000Km de costa, e que no verão com temperaturas bastante agradáveis se torna um dos melhores lugares para esportes aquáticos devido a grande quantidade de lagos. Além de Mackinac Island ao norte, uma ilha bastante especial e que vale a visita.

domingo, 3 de julho de 2011

Our Deepest Fear

Nosso maior medo não e que somos incompetentes. Nosso maior medo é sermos poderosos demais. É a nossa luz, não nossa escuridão que mais nos assusta.
Perguntamos a nós mesmos, Quem sou eu para ser brilhante, talentoso, fabuloso? Na verdade, Quem é você para não ser?
Você é uma criança de Deus. Pensar pequeno não ajuda o mundo. Não há grandeza em se encolher para que as pessoas a sua volta não se sintam inseguras ao seu redor. Todos nós estamos aqui para brilhar, assim como fazem as crianças.
Nascemos para manifestar a glória de Deus, que está em todos nós, E conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente, damos permissão para que outras pessoas façam o mesmo. Assim que nos libertamos do nosso próprio medo, nossa presença, automaticamente libera os que estão a nossa volta.

domingo, 19 de junho de 2011

Enquanto Isso na Terra do Carnaval

O secretário estadual do meio ambiente do estado do Rio de Janeiro samba durante uma manifestação contra o novo código florestal.

Poderíamos gastar este tempo colocando propostas, contestando de maneira efetiva o tal do código florestal. Mas acho que, principalmente, o personagem em questão gosta é mesmo de um samba.

E pra ninguém dizer que estou mentindo, segue o link:

Protesto contra o código florestal

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Não acredito que Santos Dumont ou os Irmãos Wright pensaram nisso

A380
Há cento e poucos anos atrás, esses doidos ai do título voavam com equipamentos mais pesados que o ar e, mesmo sem consciência do que estavam fazendo, acabaram por dar início a uma nova era no que dizia respeito a tecnologia, transporte e até na forma de fazer guerra.

Porém não creio que esses caras tinham a mínima noção que após cem anos, monstros, de proporções assombrosas estariam nos céus mundiais.

E menos ainda, não creio que o “pequeno avião”  mostrado na foto existiria.
Esse monstro foi fotografado no aeroporto de Frankfurt, Alemanha, na sexta feira dia 10 de Junho.
Ainda acredito que isso não voa, desfia a lei da gravidade. Esse é o Airbus A380.


domingo, 22 de maio de 2011

Preconceito Silencioso

Há alguns anos atrás eu achava que era sortudo, pois vivia num país que era pouco preconceituoso. Um país que tratava todos, independente de credo, raça, ou formação, de maneira mais ou menos parecida.

Minha opinião mudou. Conheci um país situado acima da linha do Equador que faz fronteira com o Canadá ao norte e com os Estados Unidos Mexicanos ao sul. Neste país há preconceito, e muito, de todas as formas, e as vezes é o estopim de acontecimentos nada agradáveis.

Porém há uma grande diferença. Este preconceito não é silencioso, ninguém repara na sua roupa, no seu peso, na sua aparência dentro de um shopping, durante as compras num supermercado, ou ainda ninguém ri de você num ambiente público. Há exceções, claro que há exceções, porém essas exceções são punidas.

Deficientes físicos são empregados nas mais diversas funções e estes são cientes das funções que podem realizar e de como interagir com a sociedade. No estado onde dizem que nasceu o automóvel, por exemplo, redes de supermercados valorizam a mão de obra de pessoas que podem ser consideradas diferentes ou até “diferenciadas” conforme a definição dos moradores de Higienópolis em São Paulo – SP.

Há dois anos atrás eu compartilhava da idéia que este país do norte tinha a maior população obesa do mundo. Isso pode até ser verdade, porém aqui as pessoas não tem vergonha de sair de casa, de se mostrarem, de fazerem o que gostam, e mais importante: tem consciência dos fatos que enfrentam.

Enfim, não há o silêncio.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Farewell Endeavour


Lançamento da STS-134
Dia 16 de maio de 2011, o último lançamento da Endeavour.

Farewell Endeavour.

Reproduzo aqui o texto do blog Swamped de Jamie Drake.

Hoje, é o dia da ultima missão do ônibus espacial Endeavour. Para muitas pessoas, este é um momento como e daí?, para outros é uau!. Porém para muitas pessoas que vivem na costa “espacial” no condado de Brevard, no estado da Flórida, este é um momento um pouco emocional. O ônibus espacial não é apenas um objeto que leva pessoas para o espaço. É quase uma questão cultural. Cultura espacial. Nós vivemos e respiramos isto por tanto tempo, que aquela “poeira lunar” entrou nas nossas mentes e deixou marcas indeléveis.

O programa espacial americano começou aqui, assim como terminará. As razões que nossos pais vivam aqui (se você tem a minha idade) provavelmente estão ligadas com algo espacial, ou ainda com as praias, não necessariamente nesta mesma ordem. Se não fosse o programa espacial, seriamos apenas mais um ponto no mapa do estado da Flórida.

Hoje, assistindo ao lançamento do ônibus espacial com meus filhos, percebo que durante 30 anos eu os vi subindo, primeiro com meus pais, as vezes com meus avós, com amigos na escola, e agora com meus filhos. É uma tradição. Uma tradição perdida. Agora, eu posso apenas imaginar, meus vizinhos perdendo seus empregos, a força da nossa economia voando em direção a memória, e muitas pessoas estão pensando. E agora?. Eu acho que o programa do ônibus espacial é muito mais que apenas vôos espaciais que acontecem aqui. É como se fossemos um todo. Foi sempre deste modo que encaramos, e agora o programa está quase terminado.

Eu imagino que em pouco anos, as conversas serão a respeito o que eu fiz enquanto esperava os pneus do meu carro serem trocados na loja do Ray em Merritt Island. Eu conversei a respeito disso com um senhor sobre o programa Apollo. Descobri que ele era amigo de vários astronautas e acabei ouvindo sobre as festas na praia, a corrida espacial, tragédias e vitórias. Eu imagino se em 30 anos haverá alguém aqui como esse senhor. Não sei, Mas eu sei que este ultimo lançamento, se acontecer, será algo para lembrar. Uma pequena parte da história espacial e uma grande parte das pessoas.