quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Janeiro, mês de relembrar

Apol
Sempre que posso entro no site da NASA, a agência espacial americana em busca de novidades. Gosto do assunto, então sempre passo por lá.
Entro e dou de cara com este link: Remembering NASA's Fallen Explorers.
As bolachas de identificação das missões que vocês vêem neste post estão no link.

Todo mês de janeiro, a NASA, relembra os astronautas que morreram durante missões espaciais no programa espacial americano.

O primeiro revés do programa espacial americano foi a Apollo 1 no ano de 1967, durante um ensaio para o lançamento, três astronautas morreram dentro do módulo de comando devido a um curto circuito que numa atmosfera de 100% de oxigênio provocou a morte por asfixia dos astronautas dentro do módulo. Uma das causas da morte dos astronautas foi a escotilha que necessitava de 90 segundos para sua abertura, o que não permitiu o resgate imediato dos astronautas.

STS-51L Challenger
Em 1986 o ônibus espacial Challenger explodiu durante o lançamento, matando todos os 7 astronautas, incluindo a professora de Estudos Sociais Crista Mcauliffe, que participava de um programa da NASA criado para trazer de volta a atenção do público para as missões espaciais. O episódio foi marcado por um dos mais tocantes discursos de um presidente americano, na época Ronald Reagan que citou um trecho do poema “High Flight” de John Gillespie Magee Jr:

(…) Nunca iremos esquece-los, nem a última vez em que os vimos, esta manhã, conforme eles se preparavam para sua jornada e se despediram e "abandonaram os cruéis limites da Terra" para "tocar a face de Deus."

A causa do acidente foi atribuída a um conjunto de anéis de borracha de um dos foguetes que devido a baixa temperatura da Flórida durante o lançamento acabaram por permitir que o combustível do foguete escapasse pela fissura e provocou o colapso e explosão do tanque principal da nave.

Em 2003, durante o processo de re-entrada na atmosfera, o ônibus espacial Columbia desintegrou devido a um pedaço de espuma do tanque de combustível principal que se soltou e atingiu umas das asas da Columbia, o que provocou dano na estrutura e consequentemente na proteção térmica da nave.

STS-107 Columb
Após o desastre da Columbia, novos procedimentos foram introduzidos afim de aumentar a segurança dos vôos espaciais, porém o acidente iniciou o processo de aposentadoria dos Ônibus Espaciais, sendo que os três Ônibus espaciais remanescentes serão aposentados até o fim do ano de 2011.
Os três acidentes foram bastante significativos para todo o programa espacial americano, muitas melhorias foram introduzidas para o aumento da segurança dos astronautas. Sistemas de emergência foram criados, escotilhas foram aperfeiçoadas, o treinamento dos astronautas mudou, enfim o vôo espacial se tornou mais seguro, porém ainda não isento de falhas.

Heróis. Não só os astronautas que perderam suas vidas durante o programa espacial são considerados heróis. Todos os astronautas americanos são cultuados como heróis, como pessoas que fazem algo pela nação ou pelo planeta. Ainda que isso dependa do ponto de vista de cada um.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Viver as quatro estações?

Começo de Outubro
Aprendemos na escola que o ano tem quatro estações, a Primavera, época das flores, o Verão é tempo aproveitar o calor, o Outono tempo de colheita, e o Inverno hora de se esconder do frio.

Vivendo num país tropical, onde macieiras dão frutos o ano todo, pássaros não migram, em julho, um ou dois dias de frio intenso, e tudo volta no mesmo calor de sempre. Flores podem ser compradas em qualquer época do ano, que quatro estações que nada.

Final de Novembro
Dizem os cientistas que as estações do ano se devem a inclinação do eixo da Terra, que permite que dias sejam mais longos no verão e mais curtos no Inverno, já que sem essa inclinação, nada disso aconteceria.

Em seis meses morando nos EUA, no estado de Michigan, uma região temperada, consegui vivenciar as quatro estações, não só as variações de temperatura e de luz solar, como também a diferença no comportamento das pessoas.

Primavera: Época de preparar as coisas para o Verão que chega. Os equipamentos de fim de semana devem estar preparados.

Verão: O verão é curto, portanto todo e qualquer tempo livre é fundamental, vamos sair, nos divertir, pegar uma praia, como se não houvesse amanhã.

Final e Dezembro
Outono: Em algumas regiões, época de caça, em outras, época de beber suco de maçã e também conhecer as mais diversas variedades de maçã dos EUA. Hora de experimentar torta de maçã.

Inverno: Todos entram em modo de sobrevivência. Aqui vale a fábula da formiga e da cigarra. Nem Sol dá pra pegar, é muito frio, mas você se acostuma, por bem ou por mal, com alguns dedos congelados ou ainda com uma tonelada de roupas.

What I’ve done

Pra pensar um pouco, nem que seja só pra curtir a música.



Linkin Park
What I've Done O que eu fiz
In this farewell
There's no blood
There's no alibi
'Cause I've drawn regret
From the truth
Of a thousand lies
So let mercy come
And wash away

What I've done
I'll face myself
To cross out what I've become
Erase myself
And let go of what I've done

Put to rest
What you thought of me
While I clean this slate
With the hands
Of uncertainty
So let mercy come
And wash away

What I've done
I'll face myself
To cross out what I've become
Erase myself
And let go of what I've done

For what I've done
I'll start again
And whatever pain may come
Today this ends
I'm forgiving what I've done

I'll face myself
To cross out what I've become
Erase myself
And let go of what I've done

What I've done

Forgiving what I've done
Nesta despedida
Não há sangue
Não há álibi
Porque eu retirei arrependimento
Da verdade
De mil mentiras
Então deixe a compaixão chegar
E limpar

O que eu fiz
Eu vou me encarar
Para eliminar o que eu me tornei
Me apagar
E esquecer o que eu fiz

Deixe para trás
O que você pensou de mim
Enquanto eu limpo essa ficha
Com as mãos
Da incerteza
Então deixe a compaixão chegar
E limpar

O que eu fiz
Eu vou me encarar
Para eliminar o que eu me tornei
Me apagar
E esquecer o que eu fiz

Pelo que eu fiz
Eu começarei de novo
E aconteça o que acontecer
Hoje isso acaba
Eu estou perdoando o que eu fiz

Eu vou me encarar
Para eliminar o que eu me tornei
Me apagar
E esquecer o que eu fiz

O que eu fiz

Perdoando o que eu fiz

domingo, 23 de janeiro de 2011

Mais uma vez, choveu…

Não iria entrar no comum e escrever sobre as chuvas que todo ano causam estragos no Brasil, mas em dezembro de 2008, eu escrevi este texto:

(…)
Choveu, choveu bastante. No começo achei graça, é mais uma chuva, mas daí choveu muito, mas muito mesmo, e fiquei assustado. A água entrou em casa, e tudo já não se via, e a água subia. A lama vinha junto, e o morro ameaçava “cair”.

Deixei a minha casa, me mandaram sair de casa, era uma questão de vida ou morte, saí de casa.
Mas a água, baixou...

Eu voltei pra minha casa, tudo estava sujo, como estava quando a deixei as pressas, mas algumas coisas não estavam mais lá. Minha TV não estava mais lá. Aliás, só a minha casa continuava lá.
Mas a água, a água baixou...

Contabilizei os prejuízos, e posso agradecer que tudo foi só um susto, um susto bem grande, mas ainda só um susto. Passou, vamos em frente.
(…)

Mais uma vez choveu, e os estragos foram ainda maiores. Casas foram levadas por morros, a natureza se encarregou de reconfigurar a paisagem, sendo que engenheiros e estudiosos do assunto conhecem toda a constituição do solo da Serra do Mar, então todos já sabem que de tempos em tempos algo pode acontecer naquela região.

Porém terrenos são vendidos, engenheiros dão laudos que não condizem com a verdade e permitem que casas sejam construídas em locais de risco, ou pior ainda, autoridades vem a TV e dizem que não há risco, nem mesmo quando o bairro é construído sobre um depósito de lixo, como aconteceu no Morro do Bumba no Rio de Janeiro há algum tempo atrás.

Mas nada foi feito. Nós, como indivíduos, antes de tudo temos de cuidar daquilo que é do próximo, ou seja cuidar para que o lixo vá para o local correto, e que eu me preocupe para onde este lixo é levado quando o coletor de lixo o leva. Alguns irão dizer, que não há coletor de lixo, que não há saneamento básico, ok, mas eu ainda sou responsável por cuidar do lixo que produzo, preciso entender que lixo é prejudicial, e não adianta jogar em qualquer lugar, já que isso pode me trazer prejuízos futuros.

Mas isso não é o suficiente. As autoridades, neste caso “otoridades” precisam agir. Precisam limpar galerias de esgoto, precisam fiscalizar se as áreas estão sendo cuidadas, e se as empresas responsáveis pela coleta de lixo estão realizando o seu serviço e ainda se os moradores estão cuidando do que é deles próprios.

Enfim, levantar da cadeira, e trabalhar, verificar de verdade o trabalho das construtoras que pedem liberação de loteamentos em áreas “seguras” levando em consideração que até seus filhos poderão morar num lugar que pode ser vítima de um deslizamento.

Todo ano é a mesma história, o morro desce, pessoas morrem, políticos declaram que sistemas de alarme serão instalados, porém a prevenção não é feita, e mais uma vez, ano que vem a chuva volta, e leva mais algumas casas pra baixo, mais uma vez sistemas de alarme serão implantados, porém nada será fiscalizado, nenhum loteamento será “legal” de verdade, e autoridades virão a TV e dirão que nunca choveu tanto como neste ano.

As autoridades mudam, porém os morros continuam a desabar, e a chuva acaba no mês de Abril.

Redefinindo Respeito

Sete meses vivendo nos EUA, sete meses de descobertas, e passando por algumas “redefinições”

O povo Americano realmente é único. Mas antes de tudo, o pessoal aqui de Michigan é amigo, prestativo e muito mais família que a maioria dos Brasileiros.

Aqui estão algumas das minhas redefinições:

- Pedágios no Brasil são EXTREMAMENTE caros. Numa viagem de mais de 1800Km de ida e volta, entre a cidade de Rochester em Michigan, até a capital federal Washington, pagamos 20 dólares de pedágio, passando apenas por estradas perfeitas, com áreas para descanso que possuem banheiros e restaurantes a cada 50-80Km.

- Impostos. Janeiro não é mês de pagar IPVA. Existe a taxa de licenciamento anual que é de 60 dólares, portanto, não esquente a cabeça guardar dinheiro para cobrir as despesas de impostos do seu carro em Janeiro.

- Seguro de veículos. No estado de Michigan, seguro de veículos é obrigatório, logo em caso de acidente, todos estão cobertos, e quem definirá de quem é a culpa do acidente é o policial que foi até o local, ouviu os envolvidos no acidente em separado, e vai aplicar uma multa ao causador, e a seguradora do culpado é automaticamente acionada, o que facilita e muito as coisas. Claro que há os que não tem seguro e andam contra a lei.

- Cultura para todos é possível. Na cidade em que moro, Rochester, há uma biblioteca pública onde é possível emprestar todo e qualquer tipo de livros, desde literatura até livros universitários. Além da seção de livros, existem as seções de DVDs, CDs, Vídeo Games (leia-se: jogos de Wii, PS3, Xbox) além de internet e eventos culturais. Tudo grátis. Você ainda pode entrar em todos os departamentos da biblioteca livremente, pegar o que você deseja, e fazer o registro do que está levando. Não há perguntas, e os produtos sempre voltam para a biblioteca, inclusive os jogos. Não só na minha cidade, mas muitas outras cidades do estado tem bibliotecas públicas.

- Liquidação não é para os oportunistas. O produto que você comprou há uma semana entrou em liquidação, e você está frustrado porque teve de pagar 100% do preço? Não se preocupe, com o recibo de compra você volta a loja e peça o desconto que o seu dinheiro é restituído.

- Transito organizado. Por mais que os moradores de Michigan digam que o transito aqui é caótico, não há buzinas, não há “doidos” no transito. A polícia age.

- Placas de pare no trânsito, significam pare mesmo! Todos param.

- Respeito. Policiais respeitam e são respeitados. Vagas para deficientes nos shoppings e outros locais públicos são respeitadas. Não há lixo nas ruas, e os infratores são punidos. Os ônibus escolares, aqueles amarelos que sempre vemos nos filmes, são respeitados como nenhum outro veículo. Ambulâncias não são seguidas depois de abrir caminho no congestionamento. Motos e carros coexistem pacificamente. O cidadão de bem é respeitado pelo próximo e pelo sistema.

Enfim, sistema funciona, ainda imperfeito, mas funciona e vale a pena lutar por ele.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

1965 Indianapolis 500

1965, um novo carro se apresenta para as 500 milhas de Indianápolis. Um carro que é diferente de todos os carros de corrida americanos. Um carro esguio, que tem espaço apenas para o motor e piloto, um charuto. Um carro projetado e produzido na Inglaterra, pelo maior projetista de carros de Formula de todos os tempos, pelo menos na minha opinião, Colin Chapman, dono do original Team Lotus de F1.
Lotus 1965
O piloto é Escocês, um tal de Jim Clark, e o motor construído na cidade de Dearborn, no estado de Michigan nos EUA, cidade do quartel general da Ford.

O carro bate todos os recordes, apresenta uma velocidade que parece ser insuperável pelos demais competidores, ainda mais com um piloto do calibre de Jim Clark ao volante da Lotus.

Pela primeira vez, em 50 anos, um piloto que não fosse americano vence as 500 milhas de Indianapolis. Pela primeira vez um carro com motor traseiro e de origem Britânica vence as 500 milhas de Indianapolis.

Este carro foi restaurado e está exposto no museu Henry Ford em Dearborn no estado de Michigan. Museu que é mantido pela Ford Americana. Além de restaurado para exposição, o foi restaurado também para que pudesse repetir algumas voltas no circuito de Indianapolis guiado pelo piloto de Formula Indy Dario Franchitti, como pode ser visto no vídeo.



Além da Lotus de Jim Clark, é possível ver os mais variados carros de corrida no museu.    Desde de velhos carros de Formula Indy, até os reais carros de Stock, ou da Nascar durante os anos 60 e 70, muito antes das bolhas que temos hoje.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Dois Aviões e uma ”História”

O ano é 1939, o mundo está em guerra. Mais de 100 milhões de militares serão envolvidos e mais de 70 milhões de pessoas morrerão nos próximos seis anos da que seria chamada II Guerra Mundial.
O conflito toma dimensões gigantescas, o praticamente o mundo todo está em guerra, mares e continentes são disputados a ferro e fogo, nenhum país está livre do conflito, por vontade de seus governantes ou ainda devido a sua posição geográfica no globo. O mundo é dividido entre Aliados e Eixo, pessoas são separadas de suas famílias, famílias que nunca mais serão as mesmas.

O início do conflito mostra uma grande vantagem dos países pertencentes ao eixo na “arte” fazer guerra, a evacuação dos soldados aliados da Europa Continental, o ataque dos japoneses em Pearl Harbor em 1941 e o drible na Linha Maginot pelos Alemães são exemplos claros da astúcia dos integrantes do Eixo.

A supremacia numérica dos Aliados é esmagadora, começam os bombardeios diários a Alemanha, e países ocupados na Europa continental. Milhares de tripulantes perderam suas vidas durante os bombardeios sobre a Europa, operações que dividiram opiniões por todo o mundo. Os Norte Americanos achavam que as operações diurnas eram fundamentais para a vitória do conflito, enquanto que os Britânicos eram favoráveis às operações noturnas, o que diminuía as baixas dos seus tripulantes, porém diminuía também a precisão dos ataques, o que resultava em visitas constantes aos mesmos alvos na Europa, risco que os EUA não queriam assumir.

A guerra se prolongava mais que o esperado, a Europa arrasada, e um programa secreto em andamento, e um novo avião bombardeiro capaz de voar mais rápido e mais alto que qualquer outro de sua época.

A História começa em 1838, com o casal Curie, que encontram uma substância que até então era desconhecida, num pedaço de minério de Urânio. Essa substância é chamada de radio, proveniente dos átomos da matéria. Cem anos depois, é descoberta a uma reação nos átomos da matéria que pode revolucionar o mundo, tanto na paz como na guerra.

O projeto caminha de vento em popa nos EUA, conhecido como projeto Manhattan e baseado em Los Alamos no estado do Novo Mexico. Novas cidades são criadas, famílias são movidas as pressas, cientistas trabalham feito loucos. O objetivo: criar um novo tipo de arma: A bomba atômica.
B-29 Enola Gay O avião de Hiroshima

Em paralelo, um novo avião surge. Capaz de voar mais rápido e mais alto que qualquer outro avião existente, com um alcance não igualado por nenhum outro, tanto do lado dos Aliados, como ao lado dos países do Eixo. A B-29 Superfortaleza.
Apesar do desenvolvimento à passos largos, o projeto é demasiado complexo, e a guerra continua na Europa e no Japão. A Força Aérea Alemã já é história, os pilotos japoneses já não mais superiores tanto em número como em habilidade aos pilotos americanos, os aviões bombardeiros americanos já voam tranqüilos pelos céus japoneses, e a Rússia força a Alemanha a lutar em duas frentes, que faz a guerra ficar quase impossível para os Alemães.

O ano é 1945, o mês é Maio, e a principal razão para o surgimento do projeto Manhattan deixa de existir. A Alemanha se rende, e praticamente já não há motivo para a produção do tal artefato bélico.
O Japão, aniquilado, se recusa a se render. Bombardeios diários as principais cidades Japonesas destroem o pouco que sobrou, não há mais o que destruir, não há mais nada o que conquistar, só restam as ilhas do Japão.

O avião que voa mais rápido e mais alto que os caças japoneses faz seu trabalho sem maiores percalços, mas para a B-29, ainda restam dois capítulos a serem escritos.
B-29 Bockscar O avião de Nagasaki
Sem a rendição do Japão, uma invasão seria o próximo passo, uma invasão que custaria milhares de vidas, ou ainda milhões para os dois lados, e então a história toma um rumo “alternativo”.

A bomba pronta, um avião capaz de lançá-la sobre o Japão, e um país em frangalhos, mas que ainda luta com honra, e oferece resistência digna de um Davi contra Golias.


Hiroshima, 6 de agosto de 1945 início do dia, um B-29 chamado Enola Gay joga a primeira bomba atômica utilizada num conflito. 70.000 pessoas morrem instantaneamente, 90% da cidade é destruída com apenas uma bomba. Uma nova era começa. O Japão ainda resiste.

Três dias depois, Nagasaki recebe a segunda e ultima bomba atômica usada em combate na história da humanidade, o avião também é um B-29, chamado BocksCar. A guerra é insustentável. O presidente Norte Americano dá declarações que irá destruir uma a uma das cidades japonesas. O Japão se rende, a guerra termina com a vitória dos Aliados e a rendição incondicional dos países do Eixo.

Cientistas, que em conjunto com o avião que voa mais rápido e mais alto, decidiram a guerra, e criaram uma nova ordem mundial, uma ordem, onde um conflito poderia ser definido com um punhado de aviões e outro punhado de bombas.

Os dois aviões, que jogaram as duas bombas atômicas da história da humanidade, estão expostos em dois museus nos EUA.

O BocksCar está exposto no museu da Força Aérea Americana, no estado de Ohio, na cidade de Dayton, onde é possível ver a história da USAF (United States Air Force) desde a sua criação, passando por aviões que participaram de operações por todo o globo terrestre, além do Boeing B-29 BocksCar responsável pelo lançamento da segunda bomba atômica da história sobre a cidade de Nagasaki no Japão. Um lugar que vale a pena visitar, e também é possível ver e participar de alguns eventos especiais, até apresentações do esquadrão acrobático americano, os Thunderbirds. Algumas partes do museu é necessário transporte especial, portanto é necessário ajustar a sua visita com os horários da base aérea.
Site: http://www.nationalmuseum.af.mil/

Já o Enola Gay, responsável pelo lançamento da primeira bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima está exposto no museu Aero Espacial do Smithsonian Institute, um lugar muito especial, que numa visita a Washington D.C. não pode ser deixado de lado, que além da B-29 ainda estão expostos o Concorde, o ônibus Espacial Enterprise, grandes atrações.
Site: http://www.nasm.si.edu/

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Fim dos Tempos

(Ou seria uma nova ordem mundial?) Hoje li uma notícia que me assustou. Ou melhor, mudou um pouco a minha maniera de pensar.

A meta do Facebook é se tornar a primeira empresa a valer um TRIlhão de dólares.

Como que é possível uma empresa que não produz nem sequer uma lâmpada, ou ainda algo que salve vidas, ou um novo medicamento, ou qualquer produto, papel sulfite, qualquer coisa, ser a empresa mais valiosa do mundo?

Os mais liberais dirão que a humanidade precisa destas empresas que não produzem materiais, mas sim, relações entre as pessoas, ou ainda cria novas amizades, fortalece os laços entre as pessoas ou ainda entre aqueles que ficaram no nosso passado. Se eu quero falar com alguém, eu ligo, se quero rever uma amigo de escola, dou um jeito.

Mas agora, surge uma empresa que não produz nada, e de certo modo, não precisa nem de um prédio para funcionar, apenas um servidor, e um garoto que teve uma idéia "sensacional", abandonou Harvard, e agora vale mais do que qualquer outra empresa no mundo.

Acho que vou começar a trabalhar em algo como o carro movido a lixo, e quem sabe a minha invenção ou empresa valha alguns milhares de dólares, e ainda vou ficar para a história, como o inventor que acabou com o problema de lixo do planeta e não como o criador de algo que ninguém, ao menos,  sabe o endereço.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Smithsonian Institution

Complexo de Museus em Washington D.C.
Esse lugar ai em cima do título, merecia um post dedicado.

Na verdade, não é um lugar, ou apenas um local. A Smithsonian Institution não pode ser definida como apenas um edifício, ou um museu. É o maior complexo de museus do mundo.

O “quartel general” fica em Washington D.C. na Independence Avenue. A avenida que liga o Capitólio até o Monumento Washington. Um complexo de museus, grosseiramente falando, que não tem igual no mundo todo.

Museu da História dos Nativos Americanos
Num primeiro momento é difícil é identificar onde estão os museus e o que é cada um dos prédios da Independence Avenue, porém com um olhar mais atento todos os museus são bastante diferenciados, o que ajuda bastante.

Dois museus me chamaram bastante a atenção em todo complexo. O primeiro foi o museu da história do Nativos Americanos, que incluem os Incas, Maias, Astecas, Guaranis, e por aí vai. O que, na minha opinião, é bastante significativo para um museu no centro de Washington D.C. O guia é um nativo americano, entenda nativo americano como alguém nascido no continente americano como um todo, logo eu estou falando de um cara nascido na Bolívia com uma ascendência, que me perdoem, não me lembro mais. O guia, acompanha um grupo por todo o museu, explicando cada um dos andares, que são 4, e ainda é atencioso, e fica sempre disponível a perguntas dos visitantes.

Mas esse post é realmente a respeito do Air and Space museum.
What a Museum!!

Módulo Lunar
Composto de 2 prédios, um está localizado na Independence Avenue, no mall, e o segundo prédio está localizado próximo ao Aeroporto Internacional de Washington Dulles (IAD). Os dois prédios estão recheados de coisas para ver e fazer.

A entrada do museu localizado no Mall é impactante. Estão logo na entrada, as naves espaciais dos projetos Mercury, Gemini, e Apollo. Vale a pena lembrar que a capsula que está exposta do projeto Apollo é a capsula da missão Apollo 11, a primeira a pousar na Lua em 1969. Próximo às capsulas, mísseis. Mísseis nucleares ou os famosos ICBMs. Pelo menos pra mim, é um pouco complicado estar ao lado de um desses, e não sentir uma certa apreensão, ou um certo medo, pelo o que aqueles mísseis são capazes de fazer, e também o dinheiro gasto para o seu desenvolvimento e construção.
Naves Apollo e Soyuz acopladas

É possível conhecer a história dos irmãos Wright, aqueles que levantaram vôo com um avião pelos seus próprios meios (???) em 1903, os principais astronautas americanos, a história dos principais acontecimentos do programa espacial dos EUA, os aviões da Segunda Grande Guerra, assim como as armas modernas no espaço e no ar.

Passar metade do dia neste museu é pouco, você vai precisar de pelo um dia todo para que possa ver tudo o que está em exposição.


Steven F. Udvar-Hazy Center
O Udvar-Hazy Center não é menos espetacular. Um hangar que comporta os aviões e equipamentos maiores que não caberiam no centro de Washington. Logo na entrada é possível ver uma silhueta que se assemelha com um avião, mas não é bem um avião. O ônibus espacial Enterprise, o primeiro construído para testes aerodinâmicos está exposto, mas mesmo assim não é a atração principal do hangar, pelo menos na minha opinião.

B-29 Enola Gay
A maior atração do hangar pode ser vista por baixo e por cima, devido as passarelas que ajudam a circular pelo museu. O avião que iniciou uma nova era na “arte” da guerra. Quando visto por baixo parece um tubo metálico na cor natural do alumínio, asas, com um grande “R” na cauda, identificando o esquadrão, e o símbolo da Força Aérea Americana. Mas a real identificação deste avião só pode ser vista no nariz. Lê-se: “Enola Gay”. Está exposto, o avião, que no dia 6 de agosto de 1945, jogou a primeira bomba atômica da história da humanidade.

Não menos espetaculares são as outras atrações do museu. O Concorde, Boeing 737, aviões militares de todo o mundo.

Independente de qualquer coisa, preservar a história é importante.

domingo, 2 de janeiro de 2011

sábado, 1 de janeiro de 2011

Detroit Pistons

Paul "The Truth"Pierce e Tayashun Prince
 Sempre gostei de basquete, mas nunca tive paciência para assistir um jogo pela TV ou mesmo ir até o ginásio, nem que fosse um jogo da seleção Brasileira. NBA? Só se fosse Michael Jordan e companhia. Detroit Pistons? Nem no meu ultimo sonho.

Assistir um evento esportivo no Brasil é um tanto quanto complicado. A confusão é geral, ninguém respeita o seu lugar dentro do ginásio, achar algo que comer é difícil, e o carro fica sempre a cargo dos flanelinhas de plantão nos estacionamentos improvisados.

Nos EUA a coisa é um pouco diferente. Há estacionamento para o carro por 10 dólares, há o que comer, seu lugar no ginásio é respeitado. Portanto, chegar na mesma hora marcada para o inicio do jogo não é um problema, já que seu lugar estará lá, e ainda, para complementar, existem funcionários que estão lá para te orientar a chegar até o seu lugar, portanto, não se preocupe se você está no lugar certo ou não, alguém irá lhe informar.

Hooper, o Mascote dos Pistons
O evento começa com um programa de televisão que é exibido no telão do ginásio, programa que sempre é relacionado com o time da casa, portanto, se você chegar cedo, não se preocupe com relação a ficar entretido, pois há diversas opções antes do jogo. As crianças podem arremessar na quadra junto aos jogadores que sempre ficam aquecendo pouco antes do jogo, ou ainda participar de curtas transmissões de televisão.

Por volta de 20 minutos antes do jogo, os times entram oficialmente em quadra, e iniciam um curto aquecimento, que precede o hino nacional Estadunidense. Durante a execução do hino, o silêncio chega a ser perturbador, é possível ouvir o zumbido das lâmpadas acesas no ginásio.

Após o hino, ai sim começa o show, o time visitante é apresentado sem maiores detalhes, e é passado um relatório dos jogadores que estão machucados do time adversário e que não jogarão. Este momento pode ser um tanto quanto frustrante, já que você será informado, as vezes, de que algumas estrelas não jogarão.

Após a apresentação do time visitante, as luzes se apagam, a música aumenta, bandeiras são agitadas pela quadra, as cheerleaders dançam, efeitos especiais por toda a arena, todos os cinco jogadores que iniciarão a partida são apresentados ao som Final Countdown do grupo Europe, o mascote do time, Hooper está em quadra, fazendo a maior “confusão” com os jogadores, posando para fotos, com os torcedores, e com as cheerleaders.

O jogo começa, a partida é normal dentro do nível de basquete profissional da NBA, e o show recomeça quando um dos times solicita tempo. O mascote entra em quadra novamente, e recomeçam as brincadeiras com os fãs, distribuição de prêmios, brincadeiras com as câmeras de TV e torcedores.
Enfim, é impossível não ser contagiado com o que acontece dentro do ginásio, é impossível não torcer para o time da casa, e é POSSÍVEL compartilhar o mesmo espaço com torcedores adversários.

É, me tornei um torcedor do Detroit Pistons.

Dee-troit!!!
Basketball!!!!