terça-feira, 16 de outubro de 2012

Detroit Tigers II

Comerica Park
Mais uma vez é Outono no Hemisfério Norte.

Mais uma vez é hora das finais do Beisebol Americano.

O jogo em si é lento, as vezes não acontece nada excitante durante mais de três, ou até quatro horas de jogo. Mas Beisebol não é apenas um jogo. Beisebol é o jogo. Por que? Ninguém sabe ao certo, cada um tem uma opinião a respeito do Beisebol, e eu também, principalmente em época de finais.

- O Beisebol é jogado num Parque e não num estádio ou ginásio como a maioria dos outros esportes coletivos. Já começa ai. Qual outro esporte é jogado num parque?

- No Beisebol não se marca pontos. Se marca “runs”. No Beisebol, o ataque tem de correr ao redor das bases até voltar pra casa, o “home plate”, ou seja, o jogador corre pra casa.

- O Beisebol é o único esporte com bola em que a defesa é que controla a bola. Estranho certo?

- O arremessador, ou “pitcher” tem de arremessar a bola com a maior velocidade possível, com efeito, dentro de uma área definida, dentro do alcance do rebatedor, mas dificultando ao máximo que este consiga acertar a bola.

- Você não precisa estar em forma para jogar Beisebol. Basta acertar a bola o mais forte possível e jogá-la para fora do Parque, e marcar uma “corrida pra casa” ou um home run. Alguns jogadores jogam mascando fumo durante o jogo, comendo amendoins, ou ainda chiclete.

O time da cidade de Detroit, o Detroit Tigers, ou os Tigres de Detroit, está entre um dos melhores times de Beisebol profissional dos Estados Unidos. Tem um dos melhores e mais bonitos Parques dos Estados Unidos, o Comerica Park, e um dos times mais bem pagos da liga, com jogadores ganhando até duzentos e vinte milhões de dólares por 9 anos de contrato, porém, mesmo com todos estes predicados, o Detroit Tigers nunca é considerado um dos favoritos ao título, ainda mais num esporte tão impreciso e as vezes considerado até antiquado para os analistas esportivos de hoje em dia. Situação que as vezes é favorável para os Tigers. Enquanto times mais famosos como o New York Yankees, ou Chicago Cubs fazem as manchetes, o Detroit corre pelas beiradas, e sempre acaba o ano entre os melhores times da liga, sem despertar o interesse da mídia.

O Beisebol não pode ser explicado apenas por números. Jogadores ganhando milhões de dólares, passam o ano inteiro sem fazer nada, sem conseguir acertar a bola, porém de repente decidem jogos, e sozinhos, levam o time inteiro a final do campeonato.

E pelo segundo ano consecutivo, o Detroit Tigers está disputando o título da conferencia da Liga Americana. Enquanto vos escrevo, se desenrola o jogo 3 da final (melhor de 7 jogos), onde o Detroit lidera o New York Yankees por 2 jogos a zero e lidera o jogo 3 também por 2 a 0.

Pelo segundo ano consecutivo, me sinto atraído pelo Beisebol. Um esporte lento, as vezes monótono, mas que também tem seus momentos de emoção, principalmente quando Justin Verlander, o melhor arremessador da liga lidera a defesa do Detroit, ou ainda quando o Miguel Cabrera, o mais completo jogador de Beisebol dos EUA, acerta a bola com precisão incrível e marca mais um Home Run. Ou ainda quando Austin Jackson segura uma bola que parecia selar a vitória do time adversário, mas garante a vitória dos Tigres de Detroit.

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