E neva... |
São sete horas da manhã, o dia mal clareou e a previsão do tempo diz, que o dia será de neve constante, seguido de chuva congelada. O prognóstico não é bom, mas o trabalho me aguarda.
Abro a porta, e vejo o chão coberto de neve. A principio, 2 a 5 centímetros de neve, então nada demais, e lá vamos nós. Cinco passos já são suficientes para descobrir a realidade. A neve que caiu durante a madrugada deixou suas marcas. Não vejo meu pé mais. Estou com neve até o meio das canelas, não sei onde piso, não sei onde termina a calçada e começa a rua. O trator já está limpando a rua, porém a quantidade de neve é grande. Os carros estacionados estão cobertos de neve.
Chego ao meu carro, meus pés estão gelados, mas para minha alegria o carro não está coberto de neve, já que a cobertura da vaga funcionou bem e o carro só tem o pára-brisas coberto de neve. Ligo o motor, deixo o carro aquecendo. Não o motor, mas o interior do carro, já que a temperatura é de –8 graus Celsius. O pára-brisas limpo, porém há 30 centímetros de neve na frente do carro e que precisam ser retirados, ou “destruídos”. Decido que está muito frio para remover a neve na frente do carro, então decido passar por cima. O carro hesita por uma ou duas vezes, porém consigo ir em frente.
O trajeto é ruim, já que apesar de limpas, as ruas continuam cobertas de neve, o que dificulta o transito. A velocidade máxima é de 40Km por hora, e os freios devem ser usados somente em ultimo caso, já que a condição não é das mais favoráveis para se parar um carro.
Chego ao trabalho as oito e meia da manhã. 60% do escritório está trabalhando, pelo menos foi o que me disseram, pois pra mim, 100% estava lá. Descubro que a empresa em que trabalho é uma das únicas que está funcionando.
Caminhões estão por toda a parte realizando a limpeza das ruas, e estacionamentos, tudo parece escorregadio e perigoso, mas é possível viver, fazer compras, trabalhar, estudar…
Mas tudo em “survival mode”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário