terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Quadragésimo Oitavo


Quadragésimo oitavo? Essa é posição do Brasil no ranking dos melhores países para se nascer e ter uma vida razoável, próspera, e com um pouco de “aventura”, de acordo com a Newsweek de Agosto de 2010.

Algumas posições atrás do México, e uma posição atrás da Argentina. Estranho? A princípio achei estranho, mas o Brasil não caminha para ser uma potência no futuro, o Brasil trilha o mesmo caminho dos EUA, e acabará se tornando uma economia de serviços e tecnologia, assim como a Inglaterra. O maior problema, é que este modelo não é tão apropriado para o Brasil, pelo menos na minha opinião.

O Brasil, hoje, com o número enorme de taxas e impostos, acabará por inviabilizando tanto o modelo de economia de serviços e informações que é liderado por EUA e Inglaterra, assim como o modelo de economia de manufatura que é liderado pela Alemanha. O Brasil está sendo consumido pelas próprias taxas criadas internamente, o que dificulta um maior crescimento.

A revista ainda cita o porque dos EUA ficaram em décimo primeiro lugar, enquanto que nações frias, pequenas e “deprimentes” (definição da revista), como Suécia, Dinamarca, e Finlândia lideram o ranking. Estranho? Na minha opinião, no mínimo patético uma explicação como essa, porém a revista é de circulação nacional nos EUA, portando considero a publicação uma publicação de credibilidade.

A revista ainda cita que o clima das nações líderes do ranking é favorável ao desenvolvimento e a quantidade de oportunidades dadas as pessoas para o seu crescimento profissional e pessoal, já que, devido ao clima, é impossível sair as ruas e lutar por seus direitos pois a temperatura é baixa demais para isso, então os políticos lutam pelos direitos da população internamente (imagine isso no Brasil), ou ainda que as pessoas que vivem nesses países são mestres em solucionar problemas de forma rápida e com bons resultados, basicamente fazendo uma ligação entre a fábula de La Fontaine e a diferença que existem entre os países líderes do ranking e o “resto”. A revista ainda cita como são mais produtivas as salas de aula climatizadas da Coréia do Sul ou da própria Finlândia, com as aulas em meio as árvores de Burkina-Faso na África (centésimo colocado). Comparação que parece no mínimo fútil já que o passado desses países não é levado em consideração a história desses países já que há poucas décadas atrás, grande parte da África ainda era colônia européia, ao contrário de todos os países líderes do ranking que, no mínimo, tem 300 anos de história.

Enfim, um ranking como esse, ainda mais a preocupação da publicação de explicar porque os EUA estão em décimo primeiro lugar é um tanto rasa, e carece de informações que possam ser comparadas, e ainda que sejam de possível comparação, pois comparar Papua Nova Guiné com a França é algo, no mínimo, incoerente.

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