domingo, 22 de maio de 2011

Preconceito Silencioso

Há alguns anos atrás eu achava que era sortudo, pois vivia num país que era pouco preconceituoso. Um país que tratava todos, independente de credo, raça, ou formação, de maneira mais ou menos parecida.

Minha opinião mudou. Conheci um país situado acima da linha do Equador que faz fronteira com o Canadá ao norte e com os Estados Unidos Mexicanos ao sul. Neste país há preconceito, e muito, de todas as formas, e as vezes é o estopim de acontecimentos nada agradáveis.

Porém há uma grande diferença. Este preconceito não é silencioso, ninguém repara na sua roupa, no seu peso, na sua aparência dentro de um shopping, durante as compras num supermercado, ou ainda ninguém ri de você num ambiente público. Há exceções, claro que há exceções, porém essas exceções são punidas.

Deficientes físicos são empregados nas mais diversas funções e estes são cientes das funções que podem realizar e de como interagir com a sociedade. No estado onde dizem que nasceu o automóvel, por exemplo, redes de supermercados valorizam a mão de obra de pessoas que podem ser consideradas diferentes ou até “diferenciadas” conforme a definição dos moradores de Higienópolis em São Paulo – SP.

Há dois anos atrás eu compartilhava da idéia que este país do norte tinha a maior população obesa do mundo. Isso pode até ser verdade, porém aqui as pessoas não tem vergonha de sair de casa, de se mostrarem, de fazerem o que gostam, e mais importante: tem consciência dos fatos que enfrentam.

Enfim, não há o silêncio.

Um comentário:

  1. Luiz, muito boa a sua reflexão em forma de depoimento sobre a realidade. Gostei muito vou curtir no face!!!!

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